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Capítulo 151 - Bardomanterina!

  O ar está com um cheiro t?o delicioso! é um perfume único, uma mistura de ferro, terra molhada, fuma?a e algo mais... agridoce. Me reconforta de um jeito estranho, quase nostálgico, como se o mundo estivesse nos contando uma história triste, mas cheia de beleza.

  E combina t?o bem com esse clima melancólico!

  Os respingos carmesins por toda parte nunca param de me chamar aten??o. é como se o campo fosse uma tela gigante, e alguém tivesse pintado com paix?o e raiva. Parece meio impressionista, mas com um toque de surrealismo. Um pouquinho de vermelho aqui, uma mancha de preto ali. Quem diria que o caos poderia ser t?o harmonioso?

  — A Ana devia fazer guerras com mais frequência…

  Claro, os cadáveres espalhados s?o o toque especial nisso tudo. Principalmente os frescos. Ah, s?o t?o... inspiradores!

  Parece que até o vento dan?a entre eles, carregando histórias que ninguém mais pode ouvir. O soldado que caiu defendendo seu lar, o arqueiro que nem viu o que o atingiu. Todos aqui têm algo a dizer, uma última nota na melodia da vida. é quase poético, como uma valsa fúnebre.

  — Você sabe que é verdade, Bog. Tudo isso é arte. Só precisa do olhar certo para apreciar.

  Ah, como eu queria que você me entendesse melhor, sapinho. é t?o difícil explicar isso sem soar como uma louca completa. Mas hoje… hoje é um dia t?o feliz! N?o consigo conter a anima??o. O mundo está cheio de possibilidades, n?o está?

  Vou tentar resolver as coisas por lá rapidamente, quero voltar logo pro lado da rainha. Mas espero que tenha corpos o suficiente. Isso facilitaria muiiiito o trabalho, principalmente se forem bestiais. Aqueles caras s?o t?o legais de controlar. Bem fortes e muito mais resistentes que humanos comuns, mas, oh, t?o burros! Sabe como é, né? Quando n?o pensam muito, n?o é preciso gastar tanta energia. S?o como marionetes obedientes. Simples. Eficientes.

  — Ei, Bog, os outros Jóqueis também usam sapos?

  Ele n?o respondeu de novo, claro, mas coaxou baixinho. Isso é um n?o? Bom, vou interpretar como um "n?o".

  — Eu n?o entendo coaxarnês, bobinho! Mas você é adorável mesmo assim.

  Sempre é necessário conversar com meus bebês, mesmo que entendam bem a música. Evita que fiquem tristes, sabe?

  De qualquer forma, se tiverem mais monstros por lá… ah, aí sim vai virar uma festa de verdade! Um espetáculo digno da melodia que estou compondo. Bestiais mortos-vivos, uma ou duas criaturas descontroladas... Quem sabe até alguns escamosos para apimentar as coisas.

  Ai ai… Será que falta muito?

  Já saltamos tanto que perdi a conta. Parece que estamos atravessando um mundo inteiro. N?o lembrava da cidade ser t?o grande, talvez ela tenha crescido enquanto a gente n?o olhava.

  Por sorte, n?o consigo nem reclamar direito. Saltar é t?o divertido! Toda vez que subimos, por um momento, me sinto voando. Será que voar é realmente assim? Deve ser maravilhoso!

  Nunca encontrei um pássaro gigante morto que pudesse me aguentar. é uma pena, n?o é? Hein, hein? Uma pena! Hahaha, sou ótima fazendo piadas!

  Bom, talvez eu devesse fazer uma dieta... Ou n?o. Acho que n?o. A gente precisa de energia pra todas essas aventuras, certo?

  Enfim, deve ser supimpa! Um dia, quem sabe, eu voo por aí.

  — Será que a Ana ia gostar?

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  Aposto que ela ia bufar e dizer que é besteira. Mas eu sei que, no fundo, ia achar incrível. Ela adora um espetáculo, mesmo que finja que n?o.Imagino nós duas, voando pelos céus, a brisa cortando nossos rostos, matando gente a torto e a direito.

  Vou perguntar pra ela na próxima vez.

  A verdade é que tenho um segredo que pouca gente sabe. Digo, um dos muitos, mas esse é o que mais gosto…. Quando eu toco meu alaúde para alguém vivo, posso sentir o cora??o dos meus ouvintes. E a Ana… ela me ouve de verdade. N?o como os outros, que fingem. Gosto tanto disso.

  — é quase como a gente, Bog. Uma conex?o t?o profunda!

  Ela é rabugenta. Oh, como ela gosta de bancar a durona. Sempre com aquela máscara, aquele ar de “n?o me importo”. Mas eu vejo. Eu vejo que ela se importa comigo. E, sabe, é muito raro eu sentir isso. Ter alguém que realmente se importa... é sutil, mas eu juro que percebo.

  Faz tanto tempo que n?o tenho uma amiga. Muito tempo mesmo.

  — é bom sentir que gostam da gente, né? Aposto que você entende. Seu dono antigo parecia gostar de você, pelo menos um pouco. Talvez fosse um amor meio... sádico? Mas ainda era amor, n?o era?

  Ah, que droga! Esqueci de perguntar o nome dele. Como eu sou burra! Era a última coisa que eu podia fazer por aquele cara. Que falha minha…

  Bem, espero que ele tenha tido uma boa morte. Morrer bem é bem complicado, sabe? N?o é qualquer um que consegue.

  é a parte mais bela da vida, afinal. N?o tinha como ser t?o fácil.

  Tudo se conecta, o universo grita pela última vez, e, ent?o, o silêncio vem. é… perfeito. Eu vejo isso o tempo todo, mas ainda assim cada vez é diferente, cada vez é único.

  Espere... Estou ouvindo gritos! é isso! Finalmente chegamos!

  — Estava come?ando a achar que você estava me enrolando, Bog. Agora, me empresta um pouco disso aqui…

  Hmm, foi sorte esse machucado estar t?o perto da sela. Bem conveniente, perfeito para o meu novo look. Um pouco de sangue nunca faz mal pra ninguém. Só um risquinho na bochecha... e outro do outro lado. é isso! N?o pare?o mais imponente? N?o, n?o precisa responder, eu sei que pare?o. Aposto que eles v?o ficar morrendo de medo.

  — Agora escuta, salte bem no meio de todo mundo, tá bom? Nada de saltinhos tímidos. Hoje é dia de espalhar o nome da maior barda de todos os tempos. N?o, espera… da maior necromante! N?o, n?o, calma... da maior heroína!

  N?o, nada disso é suficiente…

  — Ah, já sei! Nyx, a majestosa bardomanterina!

  Hahahaha! Só eu consigo pensar em um título t?o legal. Você gostou, Bog? Hein? Tá coaxando de novo?

  — Já te disse que n?o entendo esse seu idioma de sapo! Hahahaha! Mas fica tranquilo, prometo que n?o vou esquecer de você nessa história. Aliás... Preciso te apresentar direito. Nyx, a incrível bardomanterina, e seu imparável sapo-boi, Bog!

  N?o vou admitir em voz alta, mas é só Bog porque esqueci o resto do nome... Desculpa, sapo. Espero que ele n?o fique triste…Mas quando o nome é fofo, é ainda mais aterrorizante, né? V?o te achar o sapo mais legal de todos os tempos!

  Oooh, é o Lucas lá no meio? Legal. Mas... Nossa… Que cena deprimente. Tem t?o poucos mortos aqui. O que essa gente tá fazendo? N?o sabem como funciona uma guerra?

  Tudo bem, tudo bem... é só mudar os planos.

  — Bog, tá vendo aqueles arqueiros na parte de trás? Sim, os magricelas peda?os de pau! Quero que você pule bem em cima deles. Nada de dó, esmague-os!

  Uoooooo! Nem deixou eu me preparar, sapo burro!

  N?o sabia que você ainda tinha tanta for?a! Devia ter pulado assim enquanto vinha pra cá, isso foi... Fantástico!

  Sapo, sapo, sapo! Hahaha!

  Hoje o dia está perfeito para brincar com a morte, só preciso me atentar nas partituras dessa bagun?a toda.

  Claro, n?o é uma preocupa??o.

  Afinal, a guerra é arte, e eu sou uma artista!

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